sábado, 6 de dezembro de 2008

(No bosque da solidão - Tagore, Ariston Teles)

Alma amiga,
eu sou um viandante que, movido pelo abençoado ar da benevolência,
venho bater-te à porta do coração.
(...)

Atende, pois, a este apelo:
Sai desse casebre em que as aranhas da dúvida, durante muito tempo, vêm tecendo as teias da angústia que te oprime!
Vem comigo!
Existem, no cenário do Universo, lugares onde a paz é o clima constante e onde a felicidade aparece estuante em todos os corações. (...)
Desapega-te da idéia de que a vida é somente aquilo que se enquadra à tua imaginação.
Vamos! Desperta e banha-te na luz radiante da fé, no caminho da eternidade!
Andando por aí, apreciarás o mar com o seu imenso painel(...)
Observarás pássaros coloridos, de celúricas expressões (...)

As aves sabem entoar músicas que só mesmo os Céus poderiam lhes inspirar...
Tudo no Universo é um cântico de harmonia; desde a simples folha que declina no ramo agreste, ao conjunto luminoso de estrelas no alto da imensidão.

(...)
Dilata os liames do entendimento, e descobrirás que o Bem é a força que rege soberanamente a vida.(...)

Alma querida,
eu sou o anjo da BONDADE. Estarei sempre ao teu lado aguardando o teu querer a fim de oferecer-te o cálice da divina paz.

(Trechos de "No bosque da solidão", in Tagore Além das Estrelas)