sexta-feira, 12 de março de 2010

Tu me fizeste conhecido de amigos que eu não conhecia. Tu me deste assento em lares que não eram o meu. Tu trouxeste para perto o que estava distante e fizeste de um estranho meu irmão.

O meu coração se inquieta quando tenho que deixar o meu refúgio habitual; eu me esqueço que é aí que o velho permanece novo, e que aí tu também habitas.

Desde o nascimento até a morte, neste mundo ou em outros, onde quer que me conduzas, tu és o mesmo companheiro, único da minha vida infinita, que prendeu para sempre o meu coração com laços de alegria a um desconhecido.

Quando alguém te conhece, então não há mais estranhos e nenhuma porta se fecha mais. Oh, atende a minha súplica para que eu nunca chegue a perder a graça do contato desse que é o principal no jogo de muitos pares.


Tagore - Gitanjali