A Terra disse ao Tempo:— "Aonde me levas,
Cavaleiro invisível, mudo e errante,
Que a luta me renovas, cada instante,
desde as primeiras formações longevas?
Monstro que me apavoras e me enlevas,
Porque, seguindo a passo de gigante,
Trazes a luz do dia fulgurante
e amortalhas o dia, sob as trevas?!..."
Mas o Tempo clamou: — "Escuta e lida!
Eu sou teu companheiro para a vida,
Impelindo-te aos sóis da eternidade!
Tudo altero em teu seio, pólo a pólo,
Desde as nações aos vermes de teu solo,
Menos a Eterna Lei da Caridade."
((por Chico Xavier, in Poetas Redivivos))